À medida que o segundo semestre letivo começa em todo o mundo, muitos pais no Líbano ainda estão incertos se seus filhos irão para a escola. Greves de professores recentes fecharam a maioria das escolas públicas e deixaram meio milhão de crianças fora da escola.

“Eu tenho um filho e o coloquei em uma escola pública. Sinto-me honrada em colocá-lo em uma escola pública. Primeiramente, não tenho condições de colocá-lo em uma escola particular, e em segundo lugar, devemos apoiar o governo, porque alguns dos professores das escolas públicas são os melhores”, disse uma mulher no Líbano ao programa You are Not Alone da SAT-7 (Você não está sozinho).

O programa de atualidades está cobrindo a questão e ouvindo perspectivas sobre as greves de professores, tanto de professores quanto de estudantes e autoridades governamentais. A desvalorização do dinheiro local (libra libanesa) significa que a maioria dos professores agora recebe o equivalente a apenas R$5,00/hora-aula, o que não é suficiente para viver, considerando que os preços dos itens essenciais estão disparando.

“Nosso salário não é suficiente para abastecer nossos carros com gasolina. Ao mesmo tempo, todas as autoridades estão pedindo que os professores voltem ao trabalho e estão nos impondo sanções se não cumprirmos”, disse Lyad Abou Khozam, professor de uma escola pública no Líbano, ao programa You Are Not Alone (Você não está sozinho).

Mesmo antes da greve, mais de 700.000 crianças no Líbano, muitas delas refugiadas sírias, estavam fora da escola devido à crise econômica. A greve adicionou mais 500.000 a esse número, a situação é trágica.

“A educação no Líbano é uma das primeiras vítimas da crise no país. Hoje, enfrentamos a ameaça das escolas públicas fecharem suas portas neste ano letivo. Mas esperamos que os alunos retornem às suas escolas e que os professores obtenham seus direitos”, disse a apresentadora do You Are Not Alone, Sirene Semerdjian.

AMEAÇA À SOCIEDADE

O programa entrevistou Manal Hdaife, diretora de uma escola pública no Líbano e presidente da organização “Educação, Estrutura Transnacional de Países Árabes Internacionais”. Ela incentivou os professores de sua escola a continuarem fazendo seus trabalhos em lecionar, apesar do baixo salário, porque eles desempenham um papel responsável.

“Essa situação é uma ameaça à sociedade”, disse ela. “Uma geração inteira pode perder a oportunidade de educação.”

Hdaife acrescentou: “Quero enviar meus cumprimentos a todos os professores e diretores de escola que insistiram em ir trabalhar apesar das greves, porque somos responsáveis pelos alunos e por nossa carreira, que é nossa vocação. Mas as condições de vida são difíceis e os professores estão tendo dificuldades para ir à escola e ter o básico da vida.”

Enquanto algumas famílias pegaram dinheiro emprestado para pagar aulas particulares, milhares de estudantes perderam o ano letivo inteiro e alguns até acabaram trabalhando nas ruas para sustentar suas famílias. No entanto, graças à dedicação de Hdaife e seus professores, alguns estudantes conseguiram concluir o ano escolar.

“Apesar da greve dos professores no ano passado, nossa escola continuou e nossos professores se organizaram para vir à escola de carona para que pudéssemos continuar aprendendo. Isso significou muito para mim, porque eles estavam cultivando em nós um espírito de positividade”, disse Lara Moawad, aluna de uma escola pública.

Na tentativa de encerrar as greves e incentivar os professores a voltarem ao trabalho, o Ministério da Educação do Líbano concordou em dar a eles um bônus mensal equivlente de R$ 1.500,00.

APRENDIZAGEM ALTERNATIVA

As crises consecutivas têm agravado as lutas políticas e econômicas do Líbano nos últimos anos, incluindo o contínuo influxo de refugiados sírios, a pandemia de COVID-19 e a explosão no porto de Beirute.

A incerteza contínua em relação à provisão de educação no país destaca a necessidade de formas alternativas de aprendizado para aqueles que não podem pagar por escolas particulares. O programa “My Schoo” (Minha Escola) da SAT-7 – originalmente criado para dar às crianças refugiadas sírias que estão fora da escola acesso ao aprendizado – está ajudando a preencher essa lacuna.

Embora as filmagens das cinco temporadas de My School (Minha Escola) tenham sido concluídas, todos os episódios continuarão sendo transmitidos na SAT-7 KIDS e em várias plataformas de mídia social, além de serem exibidos no serviço de vídeo sob demanda da SAT-7, o SAT-7 PLUS, nos próximos anos.

Oremos para que todas as crianças no Líbano tenham acesso à educação e para que os professores recebam remuneração suficiente. Agradeçamos pelos projetos como Minha Escola, que estão ajudando a preencher a lacuna enquanto as escolas estão fechadas.

Aqui no Brasil também temos problemas na Educação, mas nada que se compare com a situação das crianças naquela região.
A SAT-7 tem realizado incrível trabalho com os valores basilares do cristianismo, que se reflete no amor ao próximo.
Para muitas crianças daquela região a SAT-7 tem sido suas escolas, tem sido suas igrejas, tem sido entretenimento e educação.
Peço a você que considere a possibilidade de ser um apoiador deste maravilhoso projeto.
Planeja contribuições mensais. Apoie, Pix: brasil@sat7.org

Pr.Reinaldo dos Santos
Diretor Executivo SAT-7 Brasil

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